Antes que o Sol beije o
orvalho,
As minhas asas
desfazem-se
antes que amanheça.
Deitas-me no poema
virgem.
Pode ser que o Amor
aconteça!
Vieste livre,
Arrastado pelos versos
alinhados na poesia.
Prendi-te para Sempre!
Até um dia!
Parece que chove!
Ainda bem!
Ainda bem!
Abrigo-me nos teus
braços.
Se ficar com frio
já sei do que preciso:
Colocar-me debaixo da
luz
do teu sorriso!
Entrelaçamos os dedos.
Toco nas tuas mãos nuas.
Ambas estão quentes.
Não são as minhas,
são as tuas.
Dispo a Saudade
que estava à flor da
pele.
Deixo-a cair aos pés da
cama.
Talvez fique perdida nas
tuas mãos.
Talvez a leve, de novo,
comigo.
Procuras o meu corpo
Com palavras labiais.
Impercetíveis!
Não as sei pronunciar.
Sinto o sangue a pulsar.
Os gritos afloram na
pele.
A minha boca fechada,
fica do avesso virada
por ti.
Estamos abraçados no
nada.
Repousas nas luas do meu
peito.
Espalhas estrelas pelo
teto e pelo leito
Para festejar a nossa
morte.
Foi um crime perfeito!
As palavras estão
espalhadas pelo ar.
Fogem de nós!
Partem com o vento.
O poema fica vazio,
inscrito na nossa nudez
completa.
Vestimos a Saudade
que surge tarde.
Ficou a repousar à
cabeceira.
Partimos com as aves,
Pousados em asas
cortadas.
Nada nos separa.
Nem mesmo a Liberdade.
Salvam-se assim os
Amantes.
...
ResponderEliminarQue lindooooooo! Poxa, eu nem posso ler essas coisas bonitas! Meu blog é um diário (tento ser bemhumorada) sobre minha tentativa de superar um término de noivado. Daí leio um poema como o seu e quase caio aos prantos de novo. Parabéns! Seria uma honra ter sua visita (diariosuperacao.blogspot). Abraços!
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