Na minha janela algo bate levemente.
Estendo as mãos.
Há algo que me chama.
Começa a nevar na minha cama.
Rasgam-se as cortinas.
Há uma tempestade do outro lado!
Vou para um sítio escuro.
Grito alto.
Julgo que será mais seguro
escrever.
Tenho medos
mas as Palavras ardem
nas pontas dos dedos.
Fico presa num mundo encantado.
Talvez fique desse lado.
Sinto frio!
Limpo as Palavras.
Alinho-as nas linhas
Métricas do pensamento.
Anoitece.
Não tenho medo que assim seja.
É no grito poético do meu silêncio
que acredito que talvez alguém
me veja.
Existem estrelas.
Agarro o Mundo com as mãos.
Percorro caminhos,
linhas traçadas entre a realidade e a
Solidão.
Batem à porta.
Julgam que estou morta.
Não!
As Palavras dormem nas páginas
que deixei no fundo da gaveta.
Sou eu!
Para evitar falsas mortes,
escrevo para reanimar o coração.
A maior causa de morte
é a melancolia.
Ela é provocada pela ausência prologada
de Poesia.
Ain, que lindo. Adorei ;D
ResponderEliminarhttp://destinoincertoo.blogspot.com.br/
Gostei do teu poema de ano novo. É magnífico.
ResponderEliminarAinda que atribulado... cortinas rasgadas, neve na cama, etc...
Bom ano, minha querida amiga.
Beijos.