sábado, 4 de janeiro de 2014

As Asas do Amor


 
Agita-se a minha Alma secreta

Atrás da cortina aberta.

A noite é imensa.

Pequena para morrer.

Fechas as tuas mãos.

Agarras-me aqui.

Fechas as estrelas.

Cravas os dedos no meu peito.

Sinto-me docemente a sufocar.

Os teus gestos trespassam-me.

A minha voz está oca.

As asas tombam sobre os meus braços.

 

Ofereço-te a minha Sorte.

Ofereço-te os meus versos.

Ofereço-te a minha Morte.

Entre as duas margens estou eu

Abrindo os braços para ti.

Espero que o coração pare.

Espero que o Tempo chegue.

Queimam-me as Palavras.

Invento o Sonho com elas.

 

Sinto o vento da noite fria.

Esvoaçam os meus cabelos.

As nuvens desaparecem.

Parece que já é dia.

O Amor chega mais perto.

Abraça-me devagar.

A Solidão irá finalmente abandonar-me.

 

Sinto-me leve.

Os sentidos estão acesos.

Sou uma poesia

que vibra nas cordas da guitarra

Que toca a melodia

que acompanha as Palavras,

quando te canto.

Das minhas mãos surge o amanhecer.

Espalho o brilho das estrelas

Quando te estou a escrever.

 

Adormeceste.

As folhas a quem contei os segredos,

Caíram a meus pés.

Corro para ti.

Piso as linhas.

Ultrapasso limites.

Antes de acordares, quero ver-te,

Quando me apeteça.

Despertas e dou-te as minhas Palavras a beber.

Amo-te e não sabes.

Por isso, sem medo do que aconteça,

quero voar nas tuas asas

de Amor.

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