sábado, 19 de março de 2016

Levas-me?




Sê bruto.

Torna-te ilíquido.

Vem com tudo.

Retiro-te especificamente

um pouco da tua dependência.

Quero tornar-te mais liquido

para te fazer render.

Singular

 

Sei que para isso

tenho de te ver.

Mas nada do que faça será luminoso.

Não darei à luz.

Demora demasiado.

 

Preciso apenas de colocar as palavras online.

No final,

talvez estejamos casados,

numa união de facto

ou até separados.

Contudo haverá material coletável.

 

É dentro de ti que encontrarei

as estrelas,

um ativo intangível.

Por isso pergunto,

levas-me ao céu?

8 comentários:

  1. E fez-me lembrar de Frank Sinatra em FLY ME TO THE MOON

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  2. Lindo poema, lindo demais, encerrando um jeito de proposta, a torna-lo sensual quanto baste. Atraente sem dúvida.
    Abraços

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  3. É sempre muito original a maneira como escreves.
    Beijos.

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  4. Um poema que nos cativa... pelo poder das palavras...
    Adoro sua escrita... directa... simples... descomplicada... e por isso, fascinante!
    Beijos! Boa semana!
    Vendo as novidades, por aqui, destes últimos dias, em que andei mais ausente!...
    Ana

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  5. Um doce encanto das palavras e tão original. Adorei. Beijos com carinho

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  6. Excelente poema jogas com as palavras um místico de sensualidade e ao mesmo tempo com a matéria de contabilidade ....
    Beijinhos e Parabéns por este dia, que sejas eternamente poeta.
    Um dia muito Feliz

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