As estrelas estão frias.
A noite tem luar.
Abro os braços para versos tristes.
Canto-te pois existes.
O coração vibra nas linhas do papel.
Cada vez que piso a linha
renasces de novo.
És leve e completo.
Dá vontade de estar preso
Como alguém que não fez
o que está certo.
Tornámo-nos pássaros negros.
Cala-se a voz.
Fala-se com as mãos
Ou um simples olhar.
Varrem-se as folhas de outono.
Tudo floresce e começa o verão.
Há um calor brando
que incendeia parte da existência.
Tudo muda de lugar.
Sabemos o caminho para o Céu
mesmo que tenhamos de matar
para lá chegar.
És imortal na distância dos corpos.
Deixas no quarto (de nós)
as lembranças que desenhamos.
Não quero sonhar contigo.
Não quero ter lembranças tuas.
Não quero ter saudades tuas
pois, quando isso acontece
não te posso agarrar.
E como é sedutor aquilo que não podemos mais ter...lindo texto, minha amiga. Beijinhos e bom fim de semana
ResponderEliminarO coração vibra nas linhas do papel. Gostei muito desse verso.
ResponderEliminar(falat aqui o post do "coração", do lançamento quero dizer! Para quando, então?:))
ResponderEliminarlinda essa poesia! parabéns.
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