As
margens abrem os caminhos.
O poema
corre pelos caminhos
trilhados
em linhas paralelas.
Ganha
alma esse corpo que desconheço.
Entre o
meu corpo e a poesia
não há
distância:
apenas um
mar imenso de fantasia.
Tudo é
fantasma.
Escapas-me
por entre os dedos.
Estico as
mãos.
Ficas
longe do coração.
Não estás
preso a imagens.
Não posso
olhar-te.
És como o
rio: foges sempre de mim.
Apenas
queria ser a tua sombra.
Apenas queria
ser a tua insónia.
Apenas
queria mergulhar no teu peito
e como um
pássaro selvagem,
com as
minhas asas esquartejar
as lembranças
e ser real.
Apenas
queria sentir-te palpável
como
aquilo que escrevo
nas linhas
poéticas com que me teço.
"Apenas queria mergulhar no teu peito
ResponderEliminare como um pássaro selvagem,
com as minhas asas esquartejar
as lembranças e ser real."
Gostei imenso do teu poema, é magnífico.
Querida amiga, tem um bom fim de semana.
Beijos.