As noites de papel são brancas.
Vazias.
Estou só.
Os meus olhos morrem na folha
onde me invento
nas paisagens que crio
quando me sento.
Sou um pássaro caído.
Perco as asas
para os versos que suspiro.
Durmo, assim, num embalo
como se nunca tivesse acordado.
Vejo formas na minha parede.
Há gestos e vozes inexistentes.
As sombras dançam para mim.
Falam das Palavras que brotam em mim.
As lágrimas começam a escorrer
das nascentes voltadas para o Infinito.
É aí que te agarro sem te ter.
A porta está aberta.
Na sua soleira o Silêncio vira costas.
A Solidão acaricia a minha face.
Ecoam as Palavras.
Desperto.
Apenas tenho de estar sozinha
para ser inteira.
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