Foto adaptada: Khimaereus
Afogo-me na Palavra
que se condensa no leito,
folha branca,
o verso imperfeito.
O que brota dos dedos
não é deste Mundo.
É algo que atravessa o Céu
e mergulha no Mar profundo.
À luz negra da noite,
mato a sede no leito sombrio
donde regressam coisas ocultas.
Sufoco nas Palavras
que não ouves.
Dou-me em Silêncio.
Ninguém me ama, é certo,
mas deixo-me ir na corrente
e sei que me encontrarei
no próximo cais
do teu olhar.
Respiro ausente.
mantenho-me oculta
no Mar de Palavras nuas
e frias
que esse mar salgado
revela quando deixo
o meu coração bordado
com linhas de água.
Assim corro para ti.
Na alvorada dos sentidos
sei que tudo se tornará
mais límpido.
[....e pisar sobre estrelas e acordar serena]
ResponderEliminarbeijo
Fabuloso poema, parabéns
ResponderEliminarBeijo, bom fim de semana.
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Boa tarde
ResponderEliminarSimplesmente maravilhosa forma de escrever poesia. Lindo de ler
Feliz Domingo
Deixo cumprimentos
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