Posso despir-me, é
certo.
Posso lancetar a minha
pele.
Rasgá-la.
Deixar a cicatriz.
Fechar os olhos.
Esquecer que o fiz.
Hoje não!
Não há ruído
na melodia que trago
nos dedos.
Não há rasgos
na seda cristalina
que despe o meu corpo.
Há um arrepio
na minha mente.
São as tuas mãos
que me tocam
indiscretamente.
Traço-me com linhas
silenciosas.
Banho-me no rio
que invade o jardim.
Sei que nesse momento
olhas para mim.
Estendo-te as folhas que
escrevi
Pediste-me e, com amor,
me despi.
Tudo fica morto
na raiz do meu mundo.
Entranças a beleza da
flor
que beijas com fervor
para conheceres o centro
do seu desejo.
Revolves a minha alma.
Libertas um desejo
enraizado
no perfume que no meu
corpo
trago guardado.
Acendes a magia dos meus
olhos.
Tocas (me) para mim.
Algo fica parado
num mundo encantado,
criado para nós.
Apago a minha presença.
Floresço em Palavras
como antes
numa essência de
amantes.
Hoje sim!
Ofereço-te a rosa
que tenho escondida
no meu vestido.
Boa tarde Ana Pereira
ResponderEliminarLindo... Lindo demais!!
Beijinho
Bom fim de semana.
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