Foto: Stanmarek
Nasces à noite,
quando me deslumbras
com sombras
caiadas na tela branca
da minha insónia.
Traço um esboço a
carvão.
A preto e branco
delineio o que tolda
a Razão.
Vejo nascer
um sonho meu
na minha cabeça
assombrada.
Vejo-te nitidamente.
Desenho o teu corpo.
Os meus dedos
acariciam-te
e ficas em contraluz.
Fica estranho
quando apago as
imperfeições.
Misturo as tintas
nada arbitrárias.
Estão na base.
São primárias.
Quentes.
Frias.
Surgem secundárias
quando quero algo novo.
Sinto-te vagamente
no correr da tinta
que cai nos meus dedos
e me acaricia a pele.
Sinto-te perto.
Sinto o teu cheiro.
Sei que me pertences.
Sei quem és.
Sei-te de cor.
Quando as tuas mãos ganham
vida
e me percorrem,
para que nada se apague
de mim,
tornamos o nosso Amor,
(de tinta),
permanente.
Sem duvida maravilhoso.
ResponderEliminarTenham um Domingo feliz
Beijinhos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Belíssimo poema.
ResponderEliminarParabéns.