Passo a noite a escrever.
É no silêncio dos versos
que nos encontramos
e falo de nós.
Caminho isolada.
Dou o meu corpo ao avançar.
Não tenho sonhos.
Reescrevo as emoções.
Agarro-me a tentações.
Os poemas desaguam no papel.
São poemas desertos.
O olhar afasta-se.
Há o Adeus silencioso.
Escondo-me atrás do tempo.
A luz fica inquieta.
Na minha solidão
sinto o pulsar do coração
quando me sento
para espelhar a minha alma.
Vejo-te na minha cama feita de nada.
Mordes o meu Silêncio.
Lanço-me sem medo no teu colo,
meu aconchego.
Consigo ver com clareza.
A tua boca é o meu Sol.
Bebes o prazer que escorre pelo meu dorso.
Acaricias-me lentamente o pescoço.
Surge o medo que me consome:
perder quem no meu corpo morre.
Tive medo de olhar no fundo dos teus olhos.
Os meus dedos embriagados
ressuscitam as loucuras e fantasias do Amor.
Tudo é possível.
Fechei os olhos.
Na tua boca encontrei o Céu:
O prazer infinito,
O sabor do fruto amadurecido
Uma tentação ou o fruto proibido.
Passei a mão pelo teu sorriso.
O teu beijo durou um infinito segundo.
Foi assim que morri nos teus braços,
que foram, por uma noite,
o meu mundo.
Poemas como este nunca são desertos...!
ResponderEliminarUm abraço
"Passei a mão pelo teu sorriso.
ResponderEliminarO teu beijo durou um infinito segundo.
Foi assim que morri nos teus braços,
que foram, por uma noite,
o meu mundo."
Maná poético :)
http://planopalavras.blogspot.pt/
O teu beijo durou um infinito segundo.
ResponderEliminarFoi assim que morri nos teus braços,
que foram, por uma noite,
o meu mundo.
Adoro esta parte!