sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A Alucinação


O corpo está nu.

A Alma está virgem.

É tudo ou nada.

No silêncio as coisas dormem na secretária.

Olho para o espelho.

Não reconheço o meu rosto.

A Liberdade está quase perdida.

Já abracei os fantasmas.

 

Pego na espada

e encosto a lâmina poética ao pescoço.

Tenho um instante de loucura.

Não posso arrancar mais nada de mim.

Posso matar a minha Vida.

 

Alucino.

Encontro a tua face na Lua cheia.

 Não tenho as mãos vazias.

A ilusão é grande.

O Sonho é maior.

Percorre-me uma força que me faz avançar.

Torno-me uma gata selvagem e percorro

as margens do teu corpo.

 

Olho pela janela.

Ninguém passa.

Ouço o bater da chuva

na minha vidraça.

Meu amante, já sei que hoje não vens.

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