Foto: Acácio Santos
A casa está deserta.
A janela está fechada.
As flores da jarra secaram.
Não existe luz.
O relógio marca o tempo passado.
As aves namoram as estrelas que cintilam
como os meus olhos quando te amo.
O Silêncio fala-me ao ouvido
Para me aconchegar,
quando o horror aparece.
Não é distante de mim.
Tenho medo porque me quer alcançar.
Tenho medo que o Sol se torne Lua
durante o dia.
As Palavras revelam o lado negro.
São frias como gelo.
São cortantes como punhais.
Não têm eco.
Ninguém as ouve.
Recosto-me na cadeira.
O corpo estremece.
É um jogo sangrento.
Sinto que o meu corpo desfalece.
O Sol ensonado quebra
Os momentos de penumbra.
Surge a alegria da madrugada:
A tua chegada.
Na tua mão deposito a minha.
Ninguém vê que estão dadas as mãos.
Estás escondido num cantinho do meu coração.
Renasço selvagem.
Renasço em ti,
Quando me enforco nos teus braços.
Quebra-se o Silencio.
Ele foi esmagado pelas nossas mãos.
muito bonito. bem construido
ResponderEliminarMaravilhosa... alguém que nos inspira e vivemos a sua espera.
ResponderEliminarLogo no início do poema voei no tempo. Lembrei de ter entrado em mais de uma casa que era "deserta". Não sei como explicar a sensação, mas é muito estranho.
ResponderEliminarBeijos