sexta-feira, 25 de outubro de 2013

No silêncio das Palavras


Tudo desaba no meu

mundo de papelão.

A noite faz-me sangrar.

Cortei as artérias do coração.
 

Há o grito que rompe as entranhas

de uma forma tónica.

Ouviste?

Sinto nos teus lábios

as sílabas átonas.

A palavra forma-se

com o nosso beijo.

 

Elas assumem o seu lugar.

Ficam alinhadas.

Os versos criam muralhas.

Nascido das nossas mãos,

guiados pelas aves do céu,

surge o poema.

 

Nada nos pertence.

O poema torna-se intemporal.

Tudo é eternizado

no silêncio da palavra escrita em nós.

5 comentários:

  1. Bonito poema, Ana. O silêncio é eterno... não precisa de nós. Mas nós, precisamos dele; como uma espécie de síntese, daquilo que as palavras não comportam... Parabéns!!! Lindos versos...

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  2. Lindo, lindo... "Nascidos das nossas mãos, /Guiados pelas aves do céu..."

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  3. Elas nascem do silêncio e dizem muito de cada momento.
    Lindíssimo!
    Abraços

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  4. Nada nos pertence, ate mesmo as palavras proferidas.

    Bjs

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  5. Olá!

    Vi seu blog e vim visitar, essa ultima poesia me conquistou, ficou muito boa e realmente inspiradora.

    "Tudo é eternizado
    no silêncio da palavra escrita em nós."

    Meus parabéns!

    sonekatrip.blogspot.com.br

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