O arco não fere as
cordas vocais.
As melodias entram pela
noite.
A ária é um suspiro.
Fecho as pálpebras
e tento ausentar o que
atormenta.
É uma batalha perdida.
As Palavras estão na
raiz do Medo.
São elas que brotam das
pontas dos dedos.
Fico no Limbo.
Mantenho o caderno
pautado
na gaveta guardado.
Não vai demorar muito
para o ter agarrado.
Formo corredores de
Morte.
Os versos são um esqueleto
reduzido ao pó
acumulado na gaveta.
Sufoca-me esse respirar.
O tempo é relativo.
Parece que teima em
parar.
Coloco os restos mortais
sobre a mesa.
Tento sem floreados,
encontrar o motivo da
tristeza.
Partiste para outros
olhares.
Deixaste o perfume
do passado
esculpido no papel
amarrotado.
Rasurado.
Acordam as sombras.
Há algo vivo
que está comigo.
Acaricio o papel
como se fosse a tua
pele.
Sou uma pétala de um malmequer
caída.
Recolho-me nas horas
mortas.
Busco um Sorriso Nosso
nas tuas Palavras.
Renasceste em mim!
Boa noite Ana Pereira
ResponderEliminarQue lindo o teu poema, adorei
tem um otimo Domingo
beijos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/