Torno-me noite.
Afinal ela é
uma criança.
Viro as costas ao
espelho.
Odeio a visão.
Quero saber o que tens
para me contar.
Recorrerei à audição.
Há a chama mortal
que me faz rodopiar.
Estou tonta
sem sair do lugar.
Cubro as fechaduras.
Não espreites.
Estou a dar corpo à
alma.
Escrevo na sombra
dos olhos.
Mordo os lábios do
pensamento.
Da minha raiz
surge a palavra inquieta
num gesto
vulgar.
Traz o vento.
Quebra o Silêncio.
Saberei que há
algo mais aqui.
A poesia perde o rosto.
Não és Tu.
Não sou Eu.
Somos Nós!
Sinto-a pulsar
em traços leves.
Infiltro-me nas palavras.
Cubro os espaços.
Não há intervalos.
A água,
palavras mortas,
refrescam a raiz.
Troco o Sol pela Lua.
A meu lado
não podes respirar.
Alimento-me do que
não tem voz:
palavras de açúcar dissolvidas
em versos de água.
Abro as asas.
Caio no teu colo,
leve,
como uma folha.
Sou uma flor Azul.
Sem outras palavras a não ser: LINDO E ARREPIANTE
ResponderEliminarDeixo cumprimentos
Que inspiração maravilhosa..
ResponderEliminar"Abro as asas.
Caio no teu colo,
leve,
como uma folha." Amei
Beijo
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Boa noite Ana
ResponderEliminarQue poema maravilhoso! Busca inspiração no âmago da alma! Lindo te ler
Beijos
Belo poema!...
ResponderEliminarTanta a vontade de poder vir a ser "uma flor azul"...