Foto: Gubenko Ruth
Pessoalmente me dirijo a
ti
dizendo-te o que faço e
verbalizo:
Amo-te
Desejo-te.
Quero-te.
Deito a sombra no chão:
uma folha de papelão.
Faço de conta que és
meu.
É determinante.
Possessivo, eu sei.
É isso que fica
demonstrado nesta frase.
Não me ordenes nada.
Não vou escrever nada.
Não és imperativo para
mim.
Não me faças declarações.
Não me perguntes nada.
Não sei!
Serei simples.
Dir-te-ei sim ou não
para mudar a forma do
que desejas ouvir.
É um monossílabo.
Pequena palavra.
Grande poder.
Se para tudo fazer
sentido
é preciso um sinal,
sou incoerente.
Não sou sinaleira.
Nem me elevo aos outros.
Não sou maiúscula.
Alinho as palavras
mas muitas delas são comuns.
Têm a sua personalidade própria.
A sua presença pode
englobar o mundo
inteiro.
A gente de um povo.
Não uso palavras certas
para me fazer ouvir.
Todas têm uma parte
tónica.
São fortes:
graves,
agudas, como Amor,
esdrúxulas, até.
Não sou uma figura de
estilo.
Sou um pássaro negro
pousado nas margens
de um paraíso secreto
onde brinco com as palavras.
Soberbo!!!
ResponderEliminarBeijos
Bom Domingo
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Foi um gosto e com gosto que li.
ResponderEliminarGosto( de brincar com as palavras).
Encantada com o teu versar!! As tuas palavras desenham paisagens que encantam os olhos!!!
ResponderEliminarNão uso palavras coerentes
o que tenho são singelas letras
que desenham a vontade, o querer.
Rascunhos que rasgam os sentimentos.
Gostei demais de ler as tuas rasuras!!!
Beijos!!!
Espero sua visita!!!
As palavras são simples a beleza é comum a quem a enxerga. Unindo singeleza e beleza temos um poema para quem o enxerga.
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