Foto: Hamanov Vladimir
A chuva cai,
quando se está no
chuveiro.
Vai caindo de rajada.
Beija o corpo inteiro.
O cabelo fica com
estrelas a brilhar.
O corpo fica claro.
Sentimos leveza.
Vontade de voar.
Fica nas mãos o cheiro
do sabor que procuras.
Absorvem-se essências,
incoerências minhas
que perfumam o espaço.
Olho para o espelho
e vejo que está baço.
Adensou-se o nevoeiro.
Estou presente
mas nada está claro.
Limpo o espelho.
A imagem fica condensada
no sopro de ar.
Visto-me de frio,
quando me dispo nas
chamas
da ilusão poética.
Os versos são cintos
brancos.
Sem medida.
Ajustada com rimas
inexistentes.
Os sinais de pontuação são
finais
e perpetuam o
pensamento.
Pausa.
Espera.
As Palavras são indecentes.
Podem revelar muito.
Nunca dizem o
suficiente.
Apanho os cabelos
e prendo-os na loucura
da razão.
Navego no sonho.
Finda-se a tempestade.
Aqui já não existem
ondas.
Lindo!
ResponderEliminarBeijinho
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Adorei ler! :) Beijinhos
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