Foto: João Bordalo Malta
Pé ante pé,
silenciosamente,
bates à porta.
Sobressaltas o meu corpo.
Sei que não estou morta.
Sentas-te ao piano
e tocas uma melodia.
Nada sei escrever.
Tu és apenas poesia.
Rodopio, meu amor,
por ti,
na simplicidade do que vês.
Apenas com um vestido
que encobre a nudez.
Lancetas-me a voz.
Soa o eco do silêncio.
Beijas-me a boca.
Não sei se é real ou se estou louca.
Não recolhas o que resta.
Pode ser que a noite não passe.
Prende-me.
Deixa-me lá no fundo.
Enterra-te e faz-me defunto.
Apenas dá-me um ultimo sopro.
Faz o que quiseres com o meu corpo.
Exaltarei no fim.
Corta-me a respiração.
Ficam as estrelas caídas
no meu cabelo apanhado.
São recolhidas no teu colo,
meu leitor apaixonado.
É assim que o poeta faz.
Permite-lhe partir com alguma Paz.
Rasgo-me.
A (rrisco) tudo o que sou.
São esses laços invisíveis
que deixam os sonhos visíveis.
Danço contigo.
Sei que o mundo é seguro,
quando me encontro no escuro
encostada à tua distância.
Sinto-te.
O Poema é o Fim.
Morre, agora, dentro de mim.
Bom dia
ResponderEliminarParabéns pelo maravilhoso poema. Adorei..
Beijo e um bom Domingo.
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Tenho que dar parabéns por cada postagem.
ResponderEliminarSei que o mundo é seguro, quando me encontro no escuro encostada à tua distância.
ResponderEliminarQue poesia!