Sou rascunho.
Muito longe
de ser algo original.
Apaguei a minha luz dos teus olhos.
Apaguei a minha luz dos teus olhos.
Tento
reformular o que está mal.
Corto os pulsos.
Censuro-me.
(Ar) risco-me.
Destruo-me.
A folha branca recebe o
grito.
Torna-se o meu ponto de
atrito.
Nada serve! Amo-te na
mesma!
As lágrimas podem
afogar-me,
Podem matar o que
escrevo
ao caírem no papel.
Alastram até o sentir
que não devo.
É assim que ultrapasso o
limite da loucura.
assim que afasto a
tristeza.
Tudo fica refletido na frieza
das Palavras.
Quando te escrevo
baixinho,
na solidão do meu
quarto,
abraço-te com carinho.
Esquarteja-me.
Despedaça-me.
Mata-me!
Dou o meu corpo.
O meu último sopro.
Não me importo! Amo-te
na mesma.
A insónia possui-me.
Felizmente adormeço.
Num piscar de olhos,
acordei.
O Tempo passou.
Foi como se não tivesse
dormido.
Agora tenho insónias 24
horas por dia.
Amo-te na mesma.
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