Foto: Graça Loureiro
Atrás das cortinas negras
a luz dança comigo.
Sou a sombra esculpida na
parede.
Posso crescer ou minguar.
Posso amar ou odiar.
Entre o meu corpo e o que
existe
há papel e Palavras.
Estou aqui!
Organizo o meu mundo
em linha reta.
Torna-se uma estrofe.
É preciso ter a mente
aberta.
Refugio-me nos versos
com palavras que desconheço.
Julgo que me oferecem
mais do que mereço.
Vozes ecoam à minha volta.
Os sonhos desenham-se no céu
branco.
Torno realidade o que vejo.
Cubro-me com o véu daquilo
que desejo.
Abro os braços para o
Abismo.
Torno-me infinita no Sonho.
Tudo é mudo.
O Silêncio emerge do Caos.
Corroída pelo que
desconheço,
Reduzo-me a pó:
voo com o vento.
Amo nesse momento.
Não te possuo.
Envolvo-te.
Não te toco.
Sou uma alma perdida
Pousada no canto do teu
olhar.
Abre a janela e deixa (-me)
(a) poesia entrar.
Deixas?
Ana,
ResponderEliminarBelíssimo, romantico!
Deixas? espero que sim!
Que se sinta feliz.
Bjs