Foto: Graça Loureiro
O espelho retribui uma
imagem que desconheço:
Uma mulher com o cabelo
despenteado,
pele pálida.
olhos vidrados com cor
de esperança vã:
Encontrar o amor que a
mantenha sã.
Não te preocupes!
Corre para o divã!
Encontra-te com o psiquiatra.
As doenças mentais ele
trata.
Escondo-me atras das
grades de papel.
Espetam-me setas no
corpo.
Não há nada que eu
sinta.
Ilusão!
Parece que há quem
minta!
Viro as costas ao mundo!
Emerge algo mais
profundo.
Desenho o meu Amor
Com o fogo do meu silêncio.
Emerge outra.
Apago-me eu.
A luz funde.
Os sons noturnos
Silenciam a existência.
A sombra fica escupida
No vazio da página.
Não há vozes.
Não há gestos.
Agarro o Nada com Tudo.
Teço a minha vida
Com linhas de fantasia,
quando brinco com as Palavras.
Sei que dou a volta ao
mundo
no barco da Poesia.
As Palavras são as
amarras
que prendem o coração.
Deixa de bater.
Emerge a Liberdade.
Condeno a minha alma aos
versos
que desperta (m)
escrevo.
Entrego-me.
Transponho os limites da
Alma.
Na noite cerrada
surge uma estrela
isolada.
Rola a lágrima
pelas paredes do meu
rosto.
Recolho-a nos lábios.
É o mar salgado
que corre num corpo
alado
que transpõe o Infinito!
Sei que amo demasiado.
Encosto-me assim à
Solidão,
pedra lapidar da
Liberdade.
Dá-me asas para voar
para além de mim.
Oi, esse post é de sua autoria? É muito lindo eu adorei! Se for de sua autoria parabéns!
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