sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Amor com Tinta



Uno a minha alma à tua

na noite sem lua.

Há a Saudade:

Suficiente claridade

Para te ver.

Escrevo. Nada com sentido.

Estou cega com a luz da tua boca.

Tropeço nas curvas claras do teu ser,

Quando vou ter contigo.

 

Tudo me fala de ti

Em cada linha

E a minha Alma definha

Nas palavras que canto para ti.

É essa voz que me seduz.

O tempo passa sossegado.

O Silêncio cai desamparado.

 

As palavras não têm voz.

São flores abertas

Nas margens que não ficaram desertas.

Disperso-me nos sentidos.

Os gestos ficam no ar perdidos.

Bate a chuva na vidraça

quando a tua Palavra me trespassa.

 

É no teu corpo que o meu se perde.

Não há o sinal mais breve

de mim.

Esquiva-se a luz dos meus olhos.

Não me perco.

Começa o outono.

Came as primeiras folhas

inspiradas.

 

Os sonhos renascem da Saudade:

lembranças que reacendem a Esperança.

Não fico triste.

Não me sinto vazia.

Traço em linhas travessas da poesia

aquilo de que preciso:

a luz o teu sorriso de Amor

que ilumina as Palavras que escrevo.

                  É assim que mostro o meu Amor com Tinta.

3 comentários:

  1. "É no teu corpo que o meu se perde." Amei...
    " É assim que mostro o meu Amor com Tinta." Perfeita!
    Tudo encantador por aqui... Já estou lhe acompanhando! Doce beijo

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