domingo, 30 de abril de 2017

Arte




Axel L.

Ando às voltas.

Descubro o corpo.

Sinto.

Percorro.

Invado.



Rasto viscoso

de fome.



A verticalidade

estrangula-me.



Empurro-me

contra o punhal.



Afinal,

quando as pernas

se abrem

como um cavalete,

a arte nasce.


1 comentário:

  1. Esta sensualidade que consegues pôr nos poemas é fantástica. Não é nada fácil esta linguagem contidamente erótica.
    Uma boa semana.
    Beijos.

    ResponderEliminar