Olha só,
sou uma gata
que anda nos telhados
a fazer versos para a lua
e que pede desejos
às pessoas na rua.
Olha só,
Sou uma cobra
que trocou de pele,
deixando-a no chicote
das tuas mãos.
Olha só,
trago palavras
dentro de beijos.
Tenho estado em
silêncio.
Olha só,
sou um anjo
a quem prendeste os pés
e pediste que voasse.
Deixei-te sozinho
Sem ter partido,
regressando devagarinho.
Olha só,
o que te digo não é erótico.
Não é sensual.
Retira a pontuação.
Retira a roupa.
Acabou o mundo.
Os anjos não têm sexo.
(Nunca se sabe o que virá
depois.)
Este poema tão cheio de ritmo tem uma delicadeza excepcional...
ResponderEliminarGostei imenso.
Uma boa semana.
Um beijo.