Foto: Marta Bevacqua
Há dias de cinza
em que nos embrulhamos
no pó.
Entregamo-nos à liberdade
dos braços caídos.
Enlaçamos o espaço
com o orvalho da terra.
Somos mínimos,
breves,
silenciosos
dentro das noites
e dos dias.
Os gestos são sombras
e o sorriso é perfumado
pela deterioração.
Cobre-te com o véu poético
das palavras.
Seremos cadáveres acesos.
Se arde e não vês,
então é paixão.
Estende os braços
e podes aquecer as mãos.
Assassinas todas as sombras
para beijares o sol aceso,
dentro de mim.
Assim,
desabrochámos
de madrugada.
Um intenso e belo despertar! :)
ResponderEliminarPOESIA com Maiúscula, aqui..
ResponderEliminarde uma singela "naturalidade" como se brotasse espontânea...
Um magnífico e esplendoroso despertar, por aqui...
ResponderEliminarAdorei o poema! Intenso... como tanto aprecio...
Beijos
Ana