segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Quando me "matas"


 
 
 
 
Desvendas por dentro

o que por fora

está fora do alcance.

 

Desvendas as cicatrizes

do olhar

quando me acordas

nos teus lábios.

 

As tuas mãos

conseguem trinchar

toda a roupa.

 

Cozinhas-me em lume brando.

Descobres todos os espaços.

 

Haverá sempre

a geometria  curva

do sangue que escorre.

 

É na cama vazia

onde desmaio,

que me torno a gota fria

que cai na terra,

inocente.

 

Se o corpo está quente

é porque o Amor nada faz.

O teu beijo ausente.

Não me satisfaz.

 

Por isso,

se morrer amanha

terei um papel primordial:

serei morta

sobre as tábuas

do caixão.

 

Não chames por mim.

Só te falarão

em discurso indireto.

 

Hoje,

ficarei no sacrário da mente

e adormecerei no teu

peito vivo.

4 comentários:

  1. Olá Ana! Seu blog está belíssimo.
    Comecei a ler seus poemas são de boa qualidade.
    Também gostei do estilo.
    Abraço! Até breve!

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  2. Boa noite, Ana!

    Aceitei seu convite e vim conhecer seus versos. Encantador! Lindo seu blog! Parabéns! Com licença, estou seguindo...

    Abraço afetuoso do seu Amigo da Sofia!

    Luz e Paz!

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  3. "Ana Pereira"
    ¿De dónde eres?
    ¿Se pueden leer tus cosas en castellano?
    Me gustan lascosas que mis ojos ya vieron.
    Y te saludo con alegría desde esta villa de,
    "Mieres del Camino"

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    Respostas
    1. Sim pode ler em castelhano. No cimo da página tem o tradutor. Basta colocar a língua que pretende e o blog surgirá em castelhano.

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