A noite está escura
com ligeiras abertas.
Deixa que o vento sopre
nas tuas mãos
e deixe a noite deserta.
Tenho caracóis de desejo
libertos na mente.
O tempo passa.
Encosta-te
e sente lentamente.
As roupas estão mortas
por cair.
Eu estou viva
Não consigo resistir (- te).
Agarra-me pelo contorno.
Mesmo sem movimento,
o meu corpo,
faz-te despistar,
nas curvas do teu
pensar.
Traças o arco
e fazes vibrar as
curvas
do meu corpo.
Faz jorrar
o cristal liquido
que se estilhaça
no teu desejo.
Descobre a Lua branca
escondida atrás do pano.
Ela brilha
não abrasa.
Deixa que um beijo
quente
lhe dê luz e a deixe em
brasa.
Traçamos assim,
pedaços de mau caminho,
quando trocamos
carinhos.
Num momento vagabundo,
apanhamos os búzios
ecoados de voz
e vamos na onda.
Mergulhamos na água sem
fundo.
Deixamo-nos flutuar.
Sabemos que o Amor é
mergulhar
e deixar este Mundo
por momentos.
Amar não é deixar o mundo, mas ganhá-lo, enaltecê-lo, se possível. Ou quedará mal de pele...
ResponderEliminarEntendi que deixar o mundo por momentos significa o devaneio, e neste sentido, que não é um sentido moral, a frase é muito pertinente no corpo do poema, gosto da síntese e da delicadeza das palavras.
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