sábado, 23 de março de 2024

Malmequer




 Foto: Ruslan Lobanov

Duas mãos assassinas  roubam  te a vida

e transformam te em beleza morta

para que possa conduzir o meu destino.

 

Atrais com as tuas cores vistosas.

No jogo das probabilidades,

arrancam te a beleza estéril:

Mal-me-quer, Bem me quer. Mal-me-quer

 

Olhei te até não seres mais nada.

O sangue transforma-se em orvalho.

Alguma saudade ainda permanece.

Já não posso preencher o vazio

que ficou, contigo.

Já não cabes lá.

 

A resposta sempre esteve lá:

Malmequer.

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