terça-feira, 21 de março de 2017

Jogas?




Foto: Paolo Lazzarotti


Agora vou dizer

coisas sem nexo.

Nada de complexo.

Algo vulgar

que a poesia permite.



Queres que te guarde na boca.



Deslizar sem ruido.



Quero morar na tua carne.
 

És um enigma singular.

Quero desvendar-te

do lado de dentro.



Inspiro (-me)

e assim ficas dentro

dos meus pulmões.



Os desejos ficam

latentes

nas palavras do corpo.



Quando a roupa cai,

não penso

(para com os meus botões).

Não procures explicações



É esse jogo noturno

que não podes perder.

Jogas?

2 comentários:

  1. Tão frágil a construção do amor!
    Beijos.

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  2. Quando não há nada a perder e tudo a ganhar... vai-se sempre a jogo!...
    Mais um poema excepcional... que adorei!
    Beijos
    Ana

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