A cadeira está vazia.
Há vida que aí se pode sentar.
Não olho para o relógio.
Tirei o tempo do pulso.
Nada estará pela hora da morte.
Mantenho os olhos
abertos para a insónia.
Tenho medo do sono.
Tenho o caos no fundo
dos olhos.
Não quero camas de algodão.
Não absolverão
os pesadelos com o papão.
Vou dormir no chão,
amarrada à respiração
que me faz ondular o peito.
Dispo as luzes.
Acendo a escuridão.
Respiro a terra que piso.
Sou terra à terra.
Não vou para o céu.
Estou aqui.
A cadeira continua vazia.
A cadeira só está vazia porque você quer. Encha de gente a sua casa e seu coração. Viemos ao mundo para issso. Viemos para compartilhar amor e companheirismo.
ResponderEliminarDeixemos espaço vago... para o que estará chegando em nossa vida...
ResponderEliminarMais um belo poema pleno de intensidade, garra e paixão!
Gosto muito do seu jeito de escrever, Ana!
Beijos! Boa semana!
Ana
"Tenho o caos no fundo dos olhos". Belo, o poema
ResponderEliminarUm beijo.
perfume intenso a POESIA. aqui.
ResponderEliminarpalavras a fermentar. como húmus.
beijo
Olá Ana,
ResponderEliminarUma inquietação provocativa que leva
a uma poética tão bela e transgressora...
A imagem acompanha o sentido do caos e
revela símbolos presentes no poema,
o acordar na trilha não convencional,
um convite a pensar que cada um é seu
tempo, o seu caminho...
Aprecio muito a sua excelência poética!
Bjos.
Dormir no chão é por vezes o mais saudável...
ResponderEliminarGostei!
De tão bom, nem sei o que diga acerca deste teu poema.
ResponderEliminarNem das inquietudes que saltam das palavras, numa surpresa constante, fazendo jus ao "caos no fundo dos olhos".
Excelente, os meus aplausos sinceros.
Ana, minha querida amiga, tem um bom resto de semana.
E um NATAL MUITO FELIZ, extensivo aos que te são mais queridos.
Beijo.
Belos relâmpagos
ResponderEliminarBj
Que colocação! Que palavras!
ResponderEliminarMe tornei um fã incondicional da sua arte!