terça-feira, 24 de abril de 2012

O Canto


Parti rumo à Primavera que no meu interior se escondeu
Esqueci-me de como era a primavera
Pois sem dar por isso entardeceu
E foi assim que surgi aos teus olhos
Simplesmente tardia
Quando a luz morria nesse dia.
Trazia na voz o Canto que era meu e teu
E era fruto do Amor tardio
que deixamos morrer lentamente no lento morrer do dia
Quando tardamos no beijo
que na boca pendia.
Ficamos à luz dessa chama que lentamente morria
E que acordou com o beijo que tardou
e que os nossos corpos estremeceu com o arrepio
Mergulhado nas vontades e fantasias
que trazíamos espelhadas no olhar nesse dia.
No silêncio do momento que de beijos e caricias se preencheu
Ficamos embalados pelos braços
Desse Canto de Amor que partilhamos
Quando surgi tardia
De mãos vazias
e despida de mágoa e nostalgia
Envergando simplesmente o Canto que vinha do fundo dos teus olhos
O Canto que se fundiu em Nós
Como se cantássemos a uma só Voz
Quando o beijo tardio, o tempo parou.

1 comentário:

  1. "Ficamos à luz dessa chama que lentamente morria
    E que acordou com o beijo que tardou
    e que os nossos corpos estremeceu com o arrepio
    "

    Encantas-me sempre com as tuas palavras. Gostei muito deste poema.
    Estás a escrever cada vez melhor.
    As tuas palavras revelam doçura, amor... será que te apaixonaste...?

    Querida amiga, um beijo.

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