domingo, 15 de abril de 2012

Contrastes

Sou a neve branca e misteriosa

que escorre nesses vitrais.

Sou a chama gélida que consome esses desejos subtis.

Mergulhei a ponta da caneta no fundo dos teus olhos

Para delinear as histórias

que revejo nas imagens espelhadas

E que quero que sejam reinventadas

com o Amor que tenho aqui.

Amor que selei na mudez da minha voz.

Amor que me fez agarrar na solidão que me vestiu de fantasia

Para não me sentir despida e vazia.

Atirei-me nos braços da tua Loucura

E por entre a chuva que se debruçou sobre nós

Pegaste nas minhas mãos desertas

que ficaram abertas

Para te ter no momento em que o Amor desabrochou no jardim.

Como o beijo que em mim guardei

E que nunca te dei.

1 comentário:

  1. Não há neve que não derreta...
    Gostei muito do teu poema.
    Nota-se que foi escrito com a alma.
    Querida amiga, tem um bom domingo e uma boa semana.
    Beijos.

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