domingo, 28 de dezembro de 2014

Esquina clara

Foto. Regard sur Image (página do Facebook)
 
Recolho-me na concha

e desabrocho na

ondulação do vento.

 

Estende o braço.

Abre a mão.

Quero tocar

no oculto da tua roupa.

 

Trago compassos

que vou abrir

ao alargar o nosso espaço.

Simples raio.

Espaço circular onde,

quando abro os braços

e posso rodopiar.

 

Puxa-me para ti.

Estás livre.

Solta-me a mão.

Eleva-me do chão.

Posso voar

e rasgar o ar.

 

Andamos às voltas

para manter acesa a fogueira.

É preciso oxigenar o Amor pois

há fortes riscos de morrer de apneia.

 

Respira na página

quando te dou corda.

Deixo que a língua fale em silêncio.

É assim que o Amor acorda

sem Solidão.

 


Anoitece

e dançamos em Sol menor.

Sem dó

Lá num espaço encantado.

Quebra-se o gelo.

Recolhe as estrelas do meu cabelo.

vamos pelas ruas adentro.

 

Nos reencontraremos,

quando dobrarmos a esquina clara

do desejo que cai no pano

virgem.

Nada receies.

Estarei cá para o ano.

2 comentários:

  1. Sem duvida, maravilhoso.

    Continuação de boas festas.
    beijos

    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  2. Maravilhoso poema
    Feliz ano de 2015...

    Querendo, passe pelo meu blogue:
    http://almainspiradora.blogspot.pt/

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