sexta-feira, 7 de junho de 2013

A caverna


É preciso entrar em ti para te conhecer.

Desço à tua caverna numa noite escura,

e na dança de sombra e luz

a luz morre no teu corpo.

Ignoro o que escrevi.

As palavras perderam o sentido,

o silêncio foi mordido

com a ausência de ti.

Tens a alma no olhar

E eu procuro-a na floresta dos teus olhos.

Estou cansada.

Nas colinas do teu corpo encosto-me

enquanto a brisa acaricia o teu corpo,

mas são os meus dedos que te tocam.

Os Mares nunca antes navegados,

águas ocultas tuas,

São hoje rasgados pelos meus lábios.

 

Renasces na minha boca.

Morres nas minhas mãos.

Perco-te

e a minha vida foge-me

por entre o teu corpo.

3 comentários:

  1. Muito legal. Gostei muito. Visite o meu blog de piadas. http://piadasajato.blogspot.com.br/

    Valeu.

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  2. Gostei do poema...todos nós temos uma "caverna", íntima, oculta e às vezes, quase inacessível. Saudações poéticas!!!

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