sábado, 17 de novembro de 2012

Anoiteceu


Fiquei suspensa
Presa com essas algemas libertadoras
dessa dor deliciosa.
Despida à luz do crepúsculo
Sou tua
e entrego-me contra essa parede rubra.
Tiro o teu sossego.
Cada linha do meu corpo
Guardaste na tua bola de cristal
Sufocaste o meu sentir
Nesse beijo profundo e intenso,
força que me prendeu a ti.
Morri em ti, meu pássaro de fogo
Que num sopro fez de mim um ponto de luz
Que se desfez numa vertigem noturna
nas margens do leito.
Um momento com sabor e a preto e branco.
Anoiteceu.

3 comentários:

  1. Um intenso poema de imagens sedutoras.
    Vou ficando por aqui.
    Beijinho.

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  2. Adorei o teu poema.
    Tem sensualidade, ritmo, melodia e boas metáforas.
    Continua a escrever assim, querida amiga.
    Tem um bom fim de semana.
    Beijos.

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  3. Só emana sensualidade.

    Gostei!

    Beijinho

    Ana

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