Procuro por mim.
Há o vazio que me cala.
Perco-me na gruta inexplorada.
A inquietação sufoca-me.
As horas passam sonolentas.
Há o olhar triste.
A dor que persiste.
A cor desvanece-se.
Silêncio.
A noite estende-me a mão.
Traz a insónia.
Caio na rede da memoria.
As sombras pairam na solidão.
Vão arrastando-se pelo chão.
A luz reduz-me à sombra.
Sou anónima.
Escondida num espaço secreto
sou uma alma perdida,
muitas vezes confundida,
com a alma de ninguém.
Esvoaça a cortina.
A janela está aberta.
Revela uma casa deserta.
As palavras fluem
e dos dedos da poetisa surge o
poema que cativa.
As palavras vadias fogem para o papel.
Algures dentro de mim
Sinto o peso do coração à flor da pele.
O sorriso ilumina a casa.
O Amor um novo caminho tece.
Fecho os olhos quando acontece.
A casa já não está deserta.
Belo poema, verdadeiramente inspirador!
ResponderEliminarA inspiração, provém sempre do fundo de nós mesmo... Gostei muito!!! Abraço e saudações poéticas!!!
ResponderEliminarTodos nós procuramos algo que nos identifique. Algo que nos motive a fazer algo neste mundo. Por vezes temos de procurar dentro de nós...
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