Pintas e delineias com a caneta o rosto da alma que amas.
Essa alma desconhecida, essa alma que devaneia e tantas vezes
não tem razão
Pintas esse retrato com a naturalidade com que respiras
Como se morresses amanha e nunca mais a “visses”
Essa alma tão distante que vagueia por essa rua
Tão nua como ela
Tão fria como o gelo que te escorre por entre os dedos
Mesmo assim continuas a amá-la.
Mesmo sabendo que ela é louca mas que mantém solta o poder da
liberdade
Essa alma que se banha nesse rio tao límpido que espelha as
linhas do seu corpo
Esse rio que desagua no mar
E que estende os seus braços para a abraçar.
Alma com beijos frios e salgados
Que esperas que um dia se tornem mais doces e menos amargos.
Alma eterna fugídia que se esconde atrás das palavras que
escreves
E que morre no ponto final
Mas que revive na tua alma que
pões na ponta da caneta.