O Amor percorre-me lentamente.
Afundo-me
na sua memória
nas
carícias, beijos e abraços
que
preenchem essa história.
Vejo a
Saudade a caminhar
vestida
de Tempo
com os
olhos raiados de esperança
e me
solta os cabelos ao vento.
Sinto-me
inquieta.
Estou
deserta.
Vejo
pedaços de mim.
Sinto-me
incompleta.
Há uma
força que se agiganta.
Existe um
grito preso na garganta.
Chamo-te
e ouves-me.
Ramos no
rio ficam presos na corrente.
Deixo-me
arrastar lentamente.
Levas-me
contigo.
O rio
escorrega tranquilo.
Encontras-me
e colmatas a tua falta.
Entrelaçamos
os dedos.
Ficamos
suspensos.
A lua
afoga o seu brilho nos corpos desnudados.
Prevalecem
poemas calados.
Calo-me
para consentir.
Na
floresta dos sentidos
sinto que
te pertenço-te
sem te
possuir.
Com o
Amor que arde em fogo lento,
ficamos
presos na teia do tempo.
O
silêncio é derrubado, por fim.