Nada
trago comigo.
Tenho as
penas sem brilho.
O olhar
está vidrado.
Não sinto
vontade de cantar.
Mergulho
na profundidade do caos.
Estou
extasiada.
Sou a
exaltação de feras selvagens.
Tenho
fome e sede de infinito.
Ouço o
eco do grito das profundidades da gruta.
Não tenho
forças.
O tempo
escorre.
Tudo
morre quando passo.
O Sol
queima a terra que piso.
Busco-me
devagar por entre os labirintos da gruta.
No seu
interior existem monstros e pavões
que
assustam quem na cama se deita.
Creio que
não nascerão flores.
O sangue
começa a pulsar na veia
como o
mar enrola na areia.
Surge uma
sombra de luz.
Inclino-me
para ela.
Liberto-me
da treva fria.
Morro em
mim.
O caminho
já não está deserto.
Abandono-me
a ti.
A
primavera faz florir o que não existe.
O dia começa.
A Fénix,
pássaro de fogo, renasce e pousa nos teus braços
onde
florescem palavras de Amor.
Gostei=)
ResponderEliminar"tenho fome e sede do infinto" - que verso... que poema... beijos
ResponderEliminarO caminho já não está deserto, abandodo-me a ti. Meste verso a Fênix já resurgida se faz vida florescida. O decorrer do teu poema nos leva ao encanto de um encontro e de uma profunda entrega de onde resurgem novas magias da vida dentro de nós. Lindo,bjs
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