Morri,
confesso.
Já não sou
eu.
Procurei
um rosto que fosse metade do meu.
Possivelmente
encontrei-o num sonho.
Acordei
cedo demais.
Vou
dormir.
Sou o
caos e a agonia.
O silêncio
pousa nas mãos
e tu trazes
nos teus dedos a harmonia.
A luz
arrasta a noite
quando rompes
o nevoeiro
e dou o
meu corpo inteiro
derramando
a tinta do tinteiro
no papel
em que escrevo.
Digo-te que estou aqui.
Estou viva e não morri.
Estou bem pertinho de ti.
Amo-te mas o horizonte escurece.
Amo-te e estás distante.
Afinal amo o que não tenho.
Estou carregada de pedaços de ti:
são as Saudades que trago no peito alagado pelo Mar
de tristezas,
mágoas e incertezas.
É isso
que me sufoca.
Recebo o
meu desejo trazido no teu beijo.
As águas
estremecem.
As
palavras renascem e descobrem os nossos corpos desnudados.
O céu
está aberto.
Os espaços
estão desertos
mas preenchidos
com o Canto que trazemos na voz.
Quando
acordar espero que estejas a meu lado,
caso
contrário voltarei a adormecer.
Afinal, muitas vezes amamos o que não temos...
ResponderEliminarPrecisamos aprender a amar aquilo que temos...
Saudações poéticas e parabéns pelos bonitos versos!!!