Os
jardins estão distantes.
São
ternas lembranças.
Flores
que mesmo longe da terra
espalham
as suas fragâncias.
Trazem
muito de nós:
pedaços
de saudade que trago na voz.
Trazem
muito mais do que o perfume:
trazem
a essência de um amor que não morreu.
Das
palavras ficou o eco.
Dos
nossos corpos ficou a sombra.
Do
fogo ficou a cinza.
Das
mãos vazias ficou o desejo de enlace.
Do
meu coração que na tua mão caberia
ficou
a esperança de que ele jamais morreria.
Agora
beijo o horizonte.
A
escuridão abraça-me.
O
luar fica a meu lado.
Caminho
com o meu vestido vermelho comprido
com a vida depois de ti.
Flutuo.
A
noite começa a cantar-me.
As
estrelas olham para mim,
As
folhas sussurram o teu nome.
Nada
me puxa para ti.
Nada
me afasta de ti.
Vejo-te
ao longe entre a sombra e aluz.
Surges
perante mim e prendes as minhas mãos soltas.
Afinal existiremos para sempre.
os jardins estão distantes, mas a fragrância de sua poesia paira no ar...
ResponderEliminarVamos trazer esse "jardim distante" para mais perto..."Afinal existiremos para sempre". Saudações poéticas e parabéns pelos versos!!!
ResponderEliminarConsegues prender estes jardins distantes em tuas mãos e trazê-los para perto de mim.Bjs
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