sábado, 27 de julho de 2013

A teia do Tempo


O Amor percorre-me lentamente.

Afundo-me na sua memória

nas carícias, beijos e abraços

que preenchem essa história.

Vejo a Saudade a caminhar

vestida de Tempo

com os olhos raiados de esperança

e me solta os cabelos ao vento.

 

Sinto-me inquieta.

Estou deserta.

Vejo pedaços de mim.

Sinto-me incompleta.

Há uma força que se agiganta.

Existe um grito preso na garganta.

Chamo-te e ouves-me.

Ramos no rio ficam presos na corrente.

Deixo-me arrastar lentamente.

Levas-me contigo.

O rio escorrega tranquilo.

 

Encontras-me e colmatas a tua falta.

Entrelaçamos os dedos.

Ficamos suspensos.

A lua afoga o seu brilho nos corpos desnudados.

Prevalecem poemas calados.

Calo-me para consentir.

Na floresta dos sentidos

sinto que te pertenço-te

sem te possuir.

Com o Amor que arde em fogo lento,

ficamos presos na teia do tempo.

O silêncio é derrubado, por fim.

4 comentários:

  1. Pessoalmente, eu penso:
    quando nossas mentes pairar apenas lembranças de um amor, apaixonado, às vezes é muito doloroso! ... Eu gostei dos versos, abraços para você!

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  2. Belo poetar...Aplausos! Lindo lindo!
    Quero seguir teu blog, achei muito bonito sua poesia. Vou voltar viu?
    bjs
    Maria Machado

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  3. "prevalecem poemas calados" ... esses são os mais líricos, e mais intensos... bjs

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