Sou um
cadáver frio.
Tenho
muitas peles guardadas
no armário.
Alimento-me
das
coisas do
corpo
e o coração
está morto.
Apenas
lateja a saliva.
Parece que
ainda estou viva.
As
palavras ensanguentadas
jorram dos
pulsos cortados
com o
punhal de vento.
Tenho os
dentes
chumbados
com os
desejos inconscientes.
Estarão
eles
mais perto do céu.
Debaixo da
pele
existo
dentro
do gesto.
Quando cai
a noite
no quarto,
há uma
flor
que arde
e um perfume
que
condensa o
orgasmo
num só
grito
Morrer
devia ser assim.
Ser tudo. Por agora.
Ser tudo. Por agora.
Apenas um
grito
de morte.
O coração insiste em que estás morta,
ResponderEliminarmas o corpo,
o corpo sente-te viva,
estás molhada...
estremeces,
no orgasmo em que acordas!
Um beijo
As palavras como um orgasmo a sós...
ResponderEliminarUma boa semana.
Beijos.
Belíssimo poema, Ana! Muito bem escrito. Gosto de poemas intensos, que transbordam os desejos mais fortes da nossa alma. Beijos.
ResponderEliminarOla,
ResponderEliminarBelo poema.
Intenso e forte.
Aqui nada esta morto
nem mesmo o grito final.
Beijos