Traço a
perna
no meu
vestido negro.
Quero quem
nunca vi.
Quero quem
nunca conheci.
Tenho
pressa
de chegar.
Essa
vontade
não consigo
dominar.
Afasto o
que
Cobre o
monte da Deusa.
Lavo aí as
minhas mãos.
Benzo os
meus lábios violeta
com a água
da fonte.
Prometo.
Vou
levar-te ao espaço.
Vais descobrir
luas
novas e minguantes.
É essa a
viagem
dos
amantes.
Até me
doerem os lábios,
que não vês,
preciso de
faíscas,
da colisão,
contra a
parede
ou o colchão.
Ou do que
estiver à mão
ou ao
corpo.
Quero
prender-te
nas algemas
dos meus
dedos.
Sentir-te por
dentro.
Rasga-me a
máscara
do corpo.
Inunda-o,
nu.
Torna-me
uma extensão
de ti.
Prometo:
o vestido
negro
só cairá
na tua presença.
Prometo.
Logo que
te conheça.
Prometo.
Com este contido erotismo faz um poema maravilhoso...
ResponderEliminarUma boa semana.
Beijos.
Ahhh!!! O desejo do desconhecido!
ResponderEliminaro arrepio que nos faz estremecer,
que provoca aquele nó na barriga.
O olhar que nos atravessa,
a roupa que escorrega,
a pele que nos toca... na pele.
A promessa dos sentidos!...
Um beijo