Foto: Peter Volanek
Desço da tela
esfumada
em tons esbatidos,
aos teus lábios.
Acende o rastilho.
Inspira-te.
Expira-me.
Sente o calor
da insónia.
Perde o chão.
Desfia-me
em partículas suspensas.
Torno-me combustão.
Revolvo-te as entranhas
em ansiedade crescente.
Fica o hálito baço.
No teu corpo fechado,
fico em ti.
ficas sem cor.
Flutuo no vazio,
nua.
Respira o ar
onde deitas
o meu corpo.
As labaredas acendem
a tua carne.
Tolda-te o sentido.
Desfazes-me.
Recolhes as cinzas.
A eternidade efémera
consolida-se.
Sente a humidade
da terra.
Apaga a fome.
Sente o cheiro
da rosa insipida.
Fecha os olhos.
Sentirás o encanto
do meu perfume.
Muy bueno!
ResponderEliminarbelo poema gostei poeta boa tarde parabéns abços
ResponderEliminarOlá, Ana!
ResponderEliminarGostei muito desses versos quentes e perfumados muito bem criados por você!
Beijos!