Entre o céu e a terra,
atirei-me para te ver.
Tropecei numa pedra.
a distância ficou curta.
Olhei para cima
e fiquei abaixo
do teu olhar.
Tornei-me corpo.
Não sou gente.
Estendo-te os meus pulsos
sem abraços para te dar.
Ato as mãos ao teu rosto.
Engulo a alma.
Vomito um poema
Sem ortografia.
Caligrafia ilegível.
Tudo se torna eco
na boca.
Escondo-me atrás
de biombos de gestos
impercetíveis.
Destapas segredos insondáveis
atrás da porta
que deixei aberta
para poderes entrar.
Por tudo o que escrevo,
as sombras suicidam-se.
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