Escrevo e algo acontece.
Olho pela janela e
amanhece.
As falas são ocultas.
Existe outra linguagem
que se fala com a voz muda.
É uma linguagem preciosa e
talhada pela imaginação
Basta pegar na caneta ou no
lápis de carvão.
O relógio marca horas
passadas.
Revelam-se momentos.
Nos labirintos da alma
sinto-me a queimar por
dentro.
Fico a navegar num mar sem
fim.
São poucas as coisas que
escrevo.
Todas brotam dentro de mim.
Posso enumerar o que sinto
colocando uma virgula de
separação.
Isso seria demorado
coloco reticências e fica o
assunto arrumado
Fico espantada por
consegui-lo fazê-lo assim.
(Será que, por acaso,
alguém gostará de mim?)
Fica a pergunta cuja
resposta não interessa saber.
Coloco a questão entre
parênteses
para que o que pensei se
possa ler.
Este poema é um monólogo.
Deveria iniciar-se com um
travessão.
Estou a falar sozinha
como eco para o coração.
A poesia não vive de
imagens, afinal.
Vive do que a língua nos
diz.
O papel é o limite.
O infinito o objetivo.
Espera-se um final com um
ponto feliz.
Mas o poema não acaba
assim...
Talvez nenhum poema fique verdadeiramente acabado...
ResponderEliminarJá a visitei outras vezes e gosto do seu espaço! Voltarei mais vezes :)
Um abraço
Um poema nunca se acaba. É como um capítulo de novela que sempre vem com uma emoção diferente.
ResponderEliminarGrande abraço amiga !
http://gagopoetico.blogspot.com.br/
Adorei seu blog...muito interessante...
ResponderEliminarbardoludico.blogspot.com.br
Muio lindo seu blog e seus poemas. Poemas não se acabam, nos deixam sempre algo como os teus, bjs
ResponderEliminarGostei da forma como deixou um certo vazio suspenso no poema... Um abraço com saudações poéticas!!!
ResponderEliminarSempre vou dizer, você escreve divinamente!
ResponderEliminarO poema nunca acaba, apenas é pausado, à espera de novo começo.
Parabéns mais uma vez adorei te ler viu?
bjs
Maria Machado
Es una simpleza de lo que acaece cuando se crea unas letras. Buena analogía
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