As tuas mãos dão asas
à roupa que
pousa no chão.
Beija-me a boca
como se cortasses os pulsos.
Devora-me o cabelo.
Esfrega-te no muro
areado de cimento
e deixa a tua carne.
Extinguir-te.
Tornar-me invisível
ao tempo.
Forças as entranhas
escancaradas.
O leite que te sobe
à cabeça,
pulsará dentro de mim.
Há camas sem sono.
A terra agarra-te.
Escondo os seios
no teu corpo.
Já não há lençóis:
apenas a ternura amarrotada
que te passa
a ferro pelos dedos.
Perfil.
Silhueta.
Anjo fumegante.
A fumegar de sensualidade...
ResponderEliminarGostei.
Uma boa semana.
Beijos.