Foto: Axel L.
A nudez do corpo
é uma ideia vaga e solta.
Bebo o teu hálito
e uma ilha surge.
Pousas os lábios no peito
e nascem estrelas nuas.
Eu sinto-me pequenina.
No plano somos
pontos coincidentes
e alongamo-nos infinitamente,
sem paralelismos.
Gostamos do que é perpendicular
para nos podermos encontrar
em qualquer lugar.
Os abraços são bons,
dependendo do ângulo.
É bom o que é agudo
e isso não é grave.
Apenas mais apertadinho.
Queres aumentar a intensidade?
Vamos dar uma volta
pois isso será giro,
para depois rasarmos tudo
entre quatro paredes.
Mas eu sou pequenina
para dormir
entre os teus braços.
Ponto.
Um abraço: o lugar onde aceitamos ser felizes...
ResponderEliminarUm belo poema, Ana.